Se você está cansado das falácias sobre regulação de redes sociais e acha que o futuro ainda parece nebuloso, relaxa que vem mudança pesada por aí – e ela atende pelo nome de blockchain. Sim, aquela mesma tecnologia por trás do Bitcoin pode ser a chave para transformar as redes sociais em algo mais seguro, transparente e, principalmente, livre do controle das bigtechs e governos.
Hoje, tudo passa por servidores centralizados. Seus dados, curtidas, posts e até seus memes ficam armazenados em data centers que mais parecem fortalezas medievais – só que recheadas de publicidade invasiva, coleta de dados e algoritmos que decidem o que você vê. Agora imagine se tudo isso fosse distribuído por milhares de computadores ao redor do mundo, onde ninguém comanda sozinho: esse é o lance da DLT (Distributed Ledger Technology).
Na prática, isso significa:
- Sem um ponto único de falha (adeus, mega vazamentos).
- Tudo registrado em cadeia, sem chance de apagar aquela postagem polêmica das 2h da manhã.
- Todo mundo pode conferir tudo (mas sem saber quem é quem, claro, porque criptografia é vida).
- Decisões por consenso, e não por capricho de uma empresa ou governo.
E aí entra o blockchain como o superstar dessa revolução. Sim, ele é só um tipo de DLT, mas é o mais interessante. O Bitcoin mostrou como é possível movimentar dinheiro sem banco intermediando – agora a ideia é mostrar como é viável e muito seguro criar redes sociais sem Zuckerberg, sem Musk, sem loucura, sem nenhum chefão centralizando tudo.
Quer um exemplo? Imagine cada tweet, post ou comentário virando um bloco. Nada de deletar por capricho ou por pressão política. E nada de vender seus dados como se fossem tomates na feira.
No Brasil, isso ainda anda a passos de tartaruga. O Marco Civil da Internet foi um bom começo, mas não previu a revolução que está vindo. E sim, rolou lobby pesado das gigantes da tecnologia. Spoiler: isso não vai mudar tão cedo. Mas com DLT no jogo, nem eles conseguem controlar tudo.
Enquanto isso, lá fora a conversa é outra. A União Europeia já tá puxando a fila com o GDPR, exigindo mais transparência e controle dos dados. E o blockchain se encaixa como uma luva nisso. Já a China… bem, digamos que descentralização não combina muito com regimes que “sentem prazer” em controlar tudo que você posta, fala e pensa.
No fim das contas, estamos falando de muito mais que tecnologia. É uma mudança de cultura: dar poder de verdade para o usuário.
Menos vigilância, mais liberdade. Menos dependência, mais autonomia.
Pode até demorar, mas se tem uma coisa que a tecnologia não faz é esperar por ninguém. Minha rede social favorita (e descentralizada)? @divac.bsky.social