Imagina o cenário: um governo qualquer (leia-se qualquer mesmo) utiliza e fica dependente (=vício, etc) de uma plataforma de comunicação comprada e “estragada” por uma empresa cuja META é “cria o futuro das conexões humanas e a tecnologia que o torna realidade”. Vamos lá:
CENÁRIO 01
Inovamos para atender melhor o cidadão, priorizando o direito do consumidor e a evolução digital para entregar facilidade tecnológica a você. Utilize o serviço de atendimento via WhatsApp para registrar e consultar seus protocolos de reclamação em relação às operadoras e à Anatel.
Quem? A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)… o governo entregando mais e mais informações, sempre “facilitando” a vida do cidadão.
Sim, os vazamentos de dados têm aumentado no Brasil. Dados do Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos (CTIR), vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), revelam um crescimento de mais de 21 vezes em ocorrências de vazamentos de dados desde 2020.
CENÁRIO 02
A partir de agora, quem ativar o celular que teve alerta de bloqueio emitido pelo programa Celular Seguro, vai receber uma notificação avisando que se trata de um aparelho roubado, furtado ou perdido.
As mensagens serão enviadas assim que um novo chip for inserido no aparelho que teve a restrição ativada. O alerta vai para o WhatsApp do usuário, enviado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio de dois números de telefone oficiais.
Sabe aquele gosto ruim de comida que sentimos quando a mesma está estragada? Pois é… quem é da área de segurança sente a mesma coisa, depois de saborear uma bela “dependência de aplicativo de terceiros para informar e captar dados de usuários” à parmegiana.
Parafraseando o Manual do Usuário (onde li sobre isso): O Governo Federal continua se enrolando muito no WhatsApp. Dependência química, imagina se o aplicativo fosse seguro e cheio de inovações.