A maravilhosa arte da manipulação, aquele truque velho e bem polido usado para manter as massas distraídas enquanto os verdadeiros mestres do jogo movem as peças do tabuleiro. E claro, no mundo da tecnologia da informação, isso não seria diferente…
Quem precisa de transparência quando pode jogar com algoritmos, moldar opiniões e definir narrativas com apenas alguns cliques?
Aqui está um resumo daquelas 10 estratégias clássicas de manipulação das massas – agora adaptadas para o admirável mundo da TI:
- A Estratégia da Distração: Mantenha todo mundo obcecado com a nova atualização do software/aplicativo e ignorando as falhas de segurança que podem vazar seus dados. Afinal, quem liga para privacidade quando há novos emojis?
- Criar problemas e oferecer soluções: Reduza a capacidade de armazenamento gratuito e depois ofereça uma assinatura premium para resolver “seu problema” criado por nós. Brilhante, não?
- A Estratégia da Gradualidade: Quer eliminar direitos dos usuários? Faça isso aos poucos – hoje limitamos o acesso, amanhã cobramos pelo suporte técnico, depois você aceita que seus dados são negociáveis.
- A Estratégia de Diferir: Quer cobrar por algo que antes era gratuito? Diga que será necessário “no futuro”, quando ninguém mais se lembrar de como era antes.
- Dirigir-se ao público como crianças: Aquele discurso de “o que é melhor para você” e “vamos facilitar sua vida” é só um jeito chique de dizer “você não precisa pensar, nós decidimos por você”.
- Emoção acima da reflexão: Nada ativa decisões irracionais como aquele pop-up vermelho avisando que seus dados podem estar comprometidos. Clique agora! Faça já! Medo é sempre eficaz.
- Manter o público na ignorância: Você realmente sabe o que acontece por trás daquele algoritmo que decide sua linha do tempo e controla sua agenda? Não? Ótimo. Assim é mais fácil manipular sua percepção.
- Estimulando a mediocridade: Quem precisa entender programação, segurança digital ou a ética dos algoritmos? Basta aceitar qualquer tecnologia sem questionar e viver feliz na ignorância.
- Reforçar a autoculpabilidade: “Ah, você não conseguiu manter sua privacidade online? Deveria ter lido os termos e condições!” Como se alguém de fato lesse aqueles contratos quilométricos e com letras microscópicas no final.
- Conhecer o usuário melhor do que ele próprio: Por que você acha que o anúncio daquele tênis aparece logo depois que você comenta que precisa de um novo? Sim, a tecnologia lê você como um livro aberto.
Agora, tome um gole do seu café, olhe para seu smartphone, e perceba o quanto já faz parte desse jogo.